quinta-feira, 7 de julho de 2016

A Cidade Dividida

O muro de Berlim foi construído na época da Guerra Fria, quando Estados Unidos e União Soviética disputavam territórios e buscavam influenciar outros países com seu sistema econômico (União Soviética: socialismo e Estados Unidos: capitalismo).
A Alemanha, após ser derrotada na segunda Guerra Mundial, foi dominada pelos países vencedores, a França, a Inglaterra, os Estados Unidos e a União Soviética. Com a Guerra Fria, a Alemanha foi dividida em Alemanha ocidental (com o domínio dos EUA, Inglaterra e França) e oriental (com o domínio da União Soviética). Como Berlim era a capital da Alemanha, a cidade também foi dividida entre a parte capitalista e a parte socialista. Porém, como a cidade estava localizada no meio da Alemanha socialista, as pessoas podiam facilmente passar para o lado capitalista. A solução que os Soviéticos encontraram foi construir um muro ao redor de Berlim ocidental.

No dia 13 de agosto de 1961, para a surpresa da população Alemã, o muro começou a ser construído, e com isso, muitas famílias foram separadas.
Começou apenas com uma cerca de arame farpado, e com as recorrentes tentativas de fuga, foi evoluindo até se tornar o modelo com 2 muros e uma torre de vigilância no meio, onde os soldados fiscalizavam o local e atiravam em todos que tentavam passar do lado socialista para o lado capitalista. Isso causou muitas mortes, apesar de existirem algumas histórias de sucesso na fuga.




Uma das tristes histórias do muro de Berlim é a história do soldado Conrad Schumann. 
Schumann era um dos soldados que controlavam a linha divisória no lado oriental. No dia 15 de agosto de 1961, ele saltou a cerca para o lado ocidental, deixando sua arma para trás. No lado ocidental, o que ele fez foi tratado como um ato de liberdade, porém, no lado oriental, ele foi considerado um traidor, e sua família, que ainda morava na Alemanha socialista, sofreu muito, sendo até torturada. Apesar do soldado Schumann ter construído uma família no lado capitalista, ele não aguentou seu sentimento de culpa, e anos depois, se enforcou no jardim de sua casa.

Hoje em dia existem, espalhados pela cidade, vários monumentos e pedaços do muro original pintados com imagens que fazem uma crítica ao que aconteceu, como uma lembrança dos tempos tristes vividos por sua população


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Perfil do Autor:



Gabriel Wink Marinho



Descendente alemão.

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