sexta-feira, 29 de julho de 2016

Meritocracia

O principal argumento em favor da meritocracia é que dentre todos os sistemas hierárquicos que existem, ainda ela é a que  proporcionaria maior justiça, uma vez que as distinções baseadas na meritocracia não costumam se dar por sexo, raça, riqueza ou posição social, mas pelo seu próprio "mérito". Mas quando falamos de Brasil, tão distinto em condições, ele deixa de ser justo. 
Alguns sociólogos, filósofos e intelectuais ignoram a meritocracia como um sistema justo de hierarquização, pois a ascensão profissional ou social não depende exclusivamente do esforço individual, mas também das oportunidades que cada indivíduo tem ao longo da vida.
As pessoas que nascem com melhores condições financeiras, com acesso as melhores instituições de ensino e contatos profissionais exclusivos, têm maiores chances de conquistar uma posição privilegiada em relação aquelas que não tiveram esta mesma “sorte”.

Porém, obviamente, que não se deve generalizar. Não adianta ter grandes oportunidades na vida, caso não haja o mínimo esforço e vontade para aproveita-las.
A principal crítica está no fato de não ser este esforço o único fator que define o sucesso ou o fracasso, mas uma parte que engloba conceitos mais complexos que estão presentes nas sociedades.
O socialismo e demais ideologias que pregam o conceito de sociedade igualitária, também se opõe à meritocracia.
Como essa é uma questão controversa, é importante termos em conta as diferentes dimensões desse posicionamento. No Brasil, estamos longe de alcançar um patamar básico para todas as escolas, mesmo que estas pertençam a uma mesma rede.
Um sistema educacional justo, além de garantir bons níveis médios de qualidade, deve também assegurar padrões mínimos de aprendizagem para todos os alunos, independentemente de suas particularidades socioculturais.
O nosso sistema educacional é marcado por desigualdades de partida, as escolas lidam com realidades distintas, principalmente se considerarmos as localizadas nas regiões mais pobres das periferias dos grandes centros urbanos e que atendem a uma clientela de alta vulnerabilidade. Geralmente, essas escolas têm um corpo docente altamente instável e a própria infraestrutura escolar não oferece condições adequadas para o trabalho dos profissionais da educação.


Precisaríamos de um sistema com mais equidade, que consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios de justiça e igualdade. Pode-se dizer, então, que a equidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa.

                             Perfil do Autor


Pedro Busch

Um humano humanista de humanas.

Um comentário:

  1. Meninos e Meninas. Parabéns pelo trabalho. Não desanimem frente a onda fascista que se instala no país. Continuem postando, mandando seu recado e dando a possibilidade à outros meninas e meninos verem a possibilidade de uma sociedade mais humana e menos materialista e desigual.
    Qualquer coisa, se precisarem, estou a disposição.
    robertgeografia@gmail.com
    georoc.com.br
    canal youtube: Geografia & Rock n Roll

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