O principal argumento em favor da meritocracia é que dentre todos os sistemas hierárquicos que existem, ainda ela é a que proporcionaria maior justiça, uma vez que as distinções baseadas na meritocracia não costumam se dar por sexo, raça, riqueza ou posição social, mas pelo seu próprio "mérito". Mas quando falamos de Brasil, tão distinto em condições, ele deixa de ser justo.
Alguns sociólogos,
filósofos e intelectuais ignoram a meritocracia como um sistema justo de
hierarquização, pois a ascensão profissional ou social não depende
exclusivamente do esforço individual, mas também das oportunidades que cada
indivíduo tem ao longo da vida.
As pessoas que
nascem com melhores condições financeiras, com acesso as melhores instituições
de ensino e contatos profissionais exclusivos, têm maiores chances de
conquistar uma posição privilegiada em relação aquelas que não tiveram esta
mesma “sorte”.
Porém, obviamente,
que não se deve generalizar. Não adianta ter grandes oportunidades na vida,
caso não haja o mínimo esforço e vontade para aproveita-las.
A principal crítica
está no fato de não ser este esforço o único fator que define o sucesso ou o
fracasso, mas uma parte que engloba conceitos mais complexos que estão
presentes nas sociedades.
O socialismo e
demais ideologias que pregam o conceito de sociedade igualitária, também se
opõe à meritocracia.
Como essa é uma questão controversa, é
importante termos em conta as diferentes dimensões desse posicionamento. No
Brasil, estamos longe de alcançar um patamar básico para todas as escolas,
mesmo que estas pertençam a uma mesma rede.
Um sistema educacional justo,
além de garantir bons níveis médios de qualidade, deve também assegurar padrões
mínimos de aprendizagem para todos os alunos, independentemente de suas
particularidades socioculturais.
O nosso sistema educacional é marcado
por desigualdades de partida, as escolas lidam com realidades distintas,
principalmente se considerarmos as localizadas nas regiões mais pobres das
periferias dos grandes centros urbanos e que atendem a uma clientela de alta
vulnerabilidade. Geralmente, essas escolas têm um corpo docente altamente
instável e a própria infraestrutura escolar não oferece condições adequadas
para o trabalho dos profissionais da educação.
Precisaríamos de um sistema com
mais equidade, que consiste
na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios
de justiça e igualdade. Pode-se dizer, então, que a equidade adapta a regra a
um caso específico, a fim de deixá-la mais justa.
Meninos e Meninas. Parabéns pelo trabalho. Não desanimem frente a onda fascista que se instala no país. Continuem postando, mandando seu recado e dando a possibilidade à outros meninas e meninos verem a possibilidade de uma sociedade mais humana e menos materialista e desigual.
ResponderExcluirQualquer coisa, se precisarem, estou a disposição.
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