sexta-feira, 8 de julho de 2016

Como a Mídia nos Manipula - parte 2

Parte 2 – As 10 estratégias de manipulação em massa. 

Já foi abordado anteriormente que a mídia é manipuladora. No meu primeiro post neste blog (Como a mídia nos manipula – parte 1: por que a mídia só fala de tragédias e não das notícias boas que acontecem na mesma proporção no mundo?) eu dei importância a uma das estratégias que a mídia utiliza, chamada “Criar problemas e oferecer soluções”. Mais tarde entrarei em detalhes sobre ela. 

Essa não é a única estratégia de manipulação. O francês Sylvain Timsit, inspirado no linguista e filósofo Noam Chomsky, fez uma lista, facilmente encontrada online, chamada “As 10 estratégias de manipulação em massa”. Estratégias essas que são utilizadas para criar um senso comum e fazer a população agir conforme a mídia quer. Conforme ela será beneficiada, em termos financeiros ou simplesmente morais, psicológicos. Abaixo estão tais estratégias. 

1 – A estratégia da distração. 

Consiste em desviar a atenção da população dos problemas que estão ocorrendo, e apenas fornecer distrações e informações inúteis e insignificantes. Também usada para impedir o público de se interessar em assuntos mais cultos, como as áreas científicas, psicológicas e tecnológicas. 
Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o públicoocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais. Frase de Timsit. 


Atenção: não se confundir e imaginar que há uma contradição desta primeira estratégia com o tema do primeiro post. O primeiro post diz que a mídia ignora as notícias boas, e apresenta apenas as ruins, para criar uma atmosfera alarmante, e logo depois oferece as soluções para esse problema. Mas esta estratégia é não mostrar alguns problemas, para alienar a população. Apesar de parecerem ser dois métodos a primeira vista iguais (apenas mostrar notícias ruins, como dito na parte 1, e não mostrar ou pouco mostrar os problemas, como nessa estratégia), nota-se como elas têm objetivos e finalidades bem diferentes. 

– Criar problemas e depois oferecer soluções. 

Esta foi a estratégia exemplificada na parte 1. Ela tem um nome bastante autoexplicativo, e será melhor entendida com exemplos: 
Em um comercial fictício e shampoo de cabelo, a empresa pergunta ao público: “problemas com cabelos ressecados, oleosos ou caspas? (cria um problema). Use Shampoo 10!” (oferece solução). 

Nesse caso foi um exemplo bem direto. Na mídia nem sempre é assim, apenas em comerciais e outros casos isolados. Eles fazem isso de forma mais gradual, de pouco a pouco, porém a estratégia é a mesma e o objetivo deles, a manipulação, é o mesmo. 

3 - A estratégia do gradualismo. 

Quando a mídia quer que o público aceite alguma medida radical demais (às vezes nem é uma medida ruim, pode ser feita com boa fé, porém é bem “revolucionária”, então nem sempre o povo a entende e apoia), ela a transmite e aplica de maneira gradual, pouco a pouco. Medidas como o neoliberalismo, o comunismo e até o nazismo utilizaram-se dessa estratégia. 

4 – A estratégia de diferir. 

Outra maneira de apresentar uma proposta que não agrada o público. A mídia define alguma medida como “dolorosa, porém necessária”, e tenta acalmar o povo dizendo que será aplicada apenas no futuro. Eles usam essa ideia do futuro por três razões: 

A primeira é para dar mais tempo para a aceitação da medida por parte da população inicialmente contra. Com mais tempo, eles podem utilizar da estratégia 3, e também apresentar mais motivos e exemplos do porquê aquela proposta é uma boa ideia.
A segunda é porque as pessoas tendem a não se preocupar com o futuro, afinal “é apenas o futuro, falta muito tempo pra lá ainda, se duvidar já estarei morto”. Um pensamento viés ingênuo e relaxante até demais. Então, aceitam a aplicação da medida para o futuro. 

Em terceiro, porque a massa, a população, em geral, tem o pensamento otimista de que "amanhã tudo irá melhorar", e que o sacrifício que deveria ser exigido para a aplicação de tal medida poderá ser evitado. 

5 – Dirigir-se ao público como crianças. 

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação um tanto quanto infantis, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental. 

Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantil, porque se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 10 anos, é normal obter-se uma resposta ou reação desprovida também de um sentido crítico de uma criança de 10 anos. 
6  - Utilizar mais a emoção do que a reflexão. 

A mídia faz uma publicidade intencionalmente feita para o público a se emocionar. Pois, quando emocionado, tende-se a pensar baseado nessas emoções, e não com um senso crítico, que é muito mais facilmente acessado quando o indivíduo está sereno e mantém a calma. E é claro que, para a mídia é um bom negócio que o público não invista em um senso crítico questionador. 

7 – Manter o público na ignorância e na mediocridade. 

A mídia quer que seu público não entenda, e, portanto, não use os meios que eles têm para livrar-se dessa dominação. Para isso, a educação, por exemplo, deve ser a pior possível, a fim de não criar nem uma gota de lucidez e senso crítico nas massas e classes sociais mais baixas. Assim, continuando sendo controlado através das outras estratégias, sem nem ao menos perceber.

8 – Estimular o público a ser complacente com a mediocridade. 

Fazer o público acreditar que ser crítico, argumentar e pensar demais, é sinônimo de ser alguém chato, frio, sem graça, e que lhe falta humor para "rir das mazelas da vida". 
Assim, as pessoas sempre se esquivam de pensar criticamente e profundamente, para poder "aproveitar a vida e ser alegre, divertido". Qualquer pensamento assim é dado como desnecessário e algo que apenas chatos de mau humor fazem. Afinal, se pensassem desta maneira, não estariam mais presos às correntes da alienação trazida pela mídia e pela publicidade, e poderiam derrubar os métodos de controle da população. 

9 - Reforçar a auto culpabilidade. 

Para esta estratégia, retirei o trecho do site Yogui.co, que retrata esse método impecavelmente.

Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua própria desgraçapor causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços. 



Assim, no lugar de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há questionamento! 

10 – Conhecer aos indivíduos mais que eles se conhecem. 

Nos últimos anos, graças à biologia e a psicologia, a mídia tem desfrutado de um conhecimento avançado sobre o ser humano,física psicologicamenteLogo, consegue conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo. E assim, consegue controlá-lo mais do que ele se controla. Pois sabe o que ele gosta, como ele gosta, quando e onde ele gosta e muitos mais conhecimentos que permitem esse controle. 


Como não ser controlado pela mídia então? O melhor caminho é simplesmente se conhecer. O caminho mais produtivo para a busca do conhecimento próprio é a meditação. Se auto avaliar e questionar seu "eu" é o caminho certo para se livrar da manipulação da mídia.

Nota do editor: desisti de botar imagens porque bugou o texto completamente aff

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Gabriel Gomes


Quem amafagafar os mafagafinhos bom amafagafigador será

2 comentários:

  1. Eu fundei a associação internacional de proteção às borboletas do afeganistão

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  2. Bugou as imagens do textos graças ao copiar e colar do word como eu tinha falado.

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