sexta-feira, 15 de julho de 2016

Assunto Silenciado


     Alguns assuntos são totalmente restritos, por escolha dos cidadãos, e para os brasileiros, o atual tema proibido é o aborto.

     Filhos. Ter ou não ter? E se o pai não aceita? E se for um acidente? E se for um estrupo? E se eu for expulsa de casa? E se eu for muito nova? E se eu não tiver condições? São muitos "e se..." que assombram todas as mulheres, e a solução para essas questões está em jogo.

     Mesmo tendo consciência de que o corpo da mulher a ela, e somente ela, pertence, muitas pessoas ainda querem opinar sobre o que fazer (e principalmente o que não fazer) com este. Muitas sentem um grande medo de engravidar sem estar preparada ou ter condições, e uma grande chance de amenizar esse "terror" é com a liberação do aborto.

     Muitos esquecem que "Uma pessoa é um ser consciente, com arbítrio própio e, por isso, partindo do princípio que apresenta plena capacidade mental, é responsável pelos seus atos" (Site: www.significados.com) e acham que um feto, com apenas semanas de vida é um ser humano pensante é que irá sofrer por não ter a chance de viver. Porém, estes não pensam nas mães, que muitas vezes não tem estrutura para cuidar do filho, que iria parar em um orfanato (na melhor das hipóteses) e provavelmente iria sofrer com a precariedade dos estabelecimentos.
     Claro que pode haver um arrependimento por parte da mulher após o aborto. No entanto, se fosse legalizado e apoiado pelo governo brasileiro, mulheres não morreriam em macas de clínicas de aborto clandestinas, e todo o processo seria mais seguro.

  O assunto não é tão discutido pela repercussão causada no passado, já que ocorreram protestos contra a legalização do aborto, com lemas com "Eis porque o aborto é um pecado tão grave. Não se mata a vida, mas nos colocamos mais alto do que Deus; Os homens decidem quem deve viver e quem deve morrer.". Mesmo afirmando que o homem seria maior que Deus, a sociedade não deve obrigar a mulher a estar em uma situação que ela não está completamente preparada e estruturada, já que todos passam por desafios da vida, mas, um filho na hora errada pode se tornar complicado, tanto para a mãe quanto para o futuro ser humano. Então por que não dar a mulher o poder da escolha?

 

                                                        Perfil da Autora

Katharina Leal

Muita exatidão para uma humana.

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